I JUST DON'T KNOW WHAT TO DO WITH MYSELF
A casa, uma bagunça – como sempre. Eu limpo, a cachorra vai lá e suja. Aí o gato corre, sobe na mansão de gatos, começa uma confusão de gatos e cachorros – um rosna e o outro late, chora, esperneia.
Ah! E tem a maldita dor, né? Levei um puta tombo no domingo, estava limpando um dos tapetes – todo cagado! Escorreguei e caí, igual a um pitoco de bosta. Na hora nem doeu, mas no outro dia... e hoje... que inferno de dor nas costelas! Dói tanto que chega a me dar ânsia de vômitp! Não posso tomar anti-inflamatório não hormonal sem supervisão médica, nem opioides... Paracetamol? Pra dor que estou sentindo, nem cócegas faz. Moro há dois quarteirões do hospital do plano de saúde, só que a coragem pra encarar um local cheio de doentes com COVID-19 é zero!
Vai continuar doendo, até parar de doer! E vai doer menos que o vazio existencial que sinto.
Ah, e teve o ovo de páscoa da discórdia... que terminou no vácuo eterno de uma mente tentando esquecer.
A briga no grupo do condomínio – não sei quem perdeu a chave, tocou os interfones aleatoriamente no meio da madrugada (eu tomei um comprimido extra de quetiapina, nem vi/ouvi!), então começa o debate dos que não foram na assembleia contra os que sempre vão, porque os porteiros estão afastados e deveria ter um porteiro reserva que não durma na guarita e... Blé!!!!
As intermináveis reuniões do trabalho que nunca decidem nada!
Estou completamente no modo automático de sobrevivência. Lembrei que não como desde o almoço. Engulo um salgado qualquer, tomando aquele suco em pó vagabundo (e que eu amo!) sabor guaraná.
Fumo um cigarro – que pra mim ainda é Free Light. Talvez eu durma na sala, não terminei de arrumar a descarga, então, hoje não vai rolar banho, e sujar meu colchão está fora de questão.
Quando a minha cama chegar (aquela que comprei em janeiro!) vou chorar de alegria... Três malditos meses dormindo no chão... e essa semana com o lado esquerdo do tronco todo fodido!
Impaciência, cansaço, dor, vazio, tristeza, dor, preocupação, desilusão – dor!
No aguardo por um amanhã melhor. Se pelo menos eu tivesse a beleza e a conta bancária da Kate Moss...
Boa noite! (?)