E foi assim que me dei conta do quanto sou forte. Não que eu seja imbatível, mas eu me recomponho de cada tombo que levo, e acabo trazendo comigo mais um aprendizado.
Dessa vez, aprendi que é preciso aceitar a finitude das coisas. Tudo acaba. Pode ser a vida de alguém, um relacionamento, um programa de TV, uma relação trabalhista, uma amizade, a tinta da sua caneta preferida, sentimentos... Nada é eterno, nem a água viva turritopsis nutricula, que é o ser vivo com maior regeneração celular existente (até então) na Terra.
Consegui enxergar, finalmente, que o que importa, não é o quanto algo durou, mas se o período entre seu “nascimento” e sua “morte” foi bem aproveitado, foi real, foi completo e feliz. O quanto você amou aquela pessoa? Foi real, foi recíproco enquanto durou? Então valeu! Aquele parente/amigo/animal de estimação teve uma vida plena, feliz, e deixou algum fruto / mensagem / aprendizado pra sua história? Então valeu!
Acho que quando focamos no pesar da finitude das nossas relações (especialmente) não damos valor para o que foi vivido plenamente. Não estou dizendo que terminar um relacionamento não dói. Dói, e muito, para ambos os lados. Mas por que temos o hábito de destacar a dor, em vez de levar em conta as boas memórias do que viveu? Entendo que nem todo relacionamento acaba numa boa, quando digo essas coisas, me refiro àqueles terminados de maneira “limpa”, “justa”, motivado porque um dos lados (ou os dois) chegou à conclusão que, de alguma forma, o sentimento transformou-se. O amor e a paixão tornaram-se um tipo de carinho e amizade, um sentimento fraterno. Às vezes isso acontece. O cotidiano maluco das pessoas faz as coisas esfriarem, e os casais se afastam do que lhes causava o fervor de antes. De repente, sem mais, nem menos, estão se tratando mais como bons amigos e o casamento só existe por comodismo, conveniência.
Estava infeliz e não imaginava o quanto. Meu transtorno de ansiedade generalizada uniu-se à depressão. Tinha total consciência disso, havia chegado ao fundo do poço emocional. Precisava, urgentemente, fazer algo por mim. Precisava me libertar do que estava me apagando. Então eu procurei primeiro falar o que sentia, e não fui compreendida. Conversamos novamente sobre tudo o que ocorria, e novamente, novamente e novamente...
Percebi que as coisas estavam daquele jeito e não mudariam nunca. Quem deveria mudar, era eu. Mudar as expectativas que tive no início, ou mudar completamente a minha vida. Sei que pra muita gente, isso parece egoísta, mas escolhi me fazer bem, voltar a ser plenamente eu, ser livre, ser feliz.
A mensagem do dia é essa: NÃO TENHA MEDO DE QUEBRAR COISAS PARA RECONSTRUÍ-LAS DEPOIS. VOCÊ CONSEGUE, FORÇA NA PERUCA!
Dica de duas músicas que sempre me animam nas horas de desespero: